terça-feira, março 25, 2008

"Músicas da Nossa Infância" ou "Aquecedores Vocais Diferentes"

Para a "piquena Fabiána", a minha "caloira" que não conhecia


Um dos problemas que assola qualquer magister menos experiente de tuna (principalmente quando a mesma é principalmente constituida por tunos igualmente menos experientes) é o aquecimento vocal. Será que não se deve fazer? Será que se deve? Mas o quê? Uma das nossas músicas mais simples será que serve? Ou deve ser altamente profissional?

Num dos ensaios deste ano, depois de combater esta dúvida por dias e meses a fio, decidi experimentar uma coisa que até tinha dado algum resultado nos escuteiros: cantar uma música que era bastante simples, corria toda a escala e (achava eu) era conhecida de todos. Qual não foi o meu espanto quando uma das meninas da tuna diz, com um ar muito enfiado: "eu num cunheçu issu!" (sotaque do "nuorte").

Para os milhares que andaram num infantário e que iam à praia com esse mesmo infantário no Verão, ou para aqueles que iam o caminho todo de ida e vinda das visitas de estudo da escola primária a cantar esses grandes hits da nossa infância como o "Fui ao trolaró buscar água e não achei (...)", fica o recuerdo. Para aqueles que não, ou que simplesmente não conheciam na sua terra, como a minha "piquena", aqui fica a letra dessa que é uma grande música infantil, e com a qual nos divertíamos, inclusivé, a dizer um ou outro calão que, para nós, era já muito "picante":P

"Eu perdi o da minha viola,
Da minha viola eu perdi o .
Dormir é muito bom, é muito bom (BIS)

É bom camarada, é bom camarada, é bom, é bom, é bom (BIS)
É bom!"

Depois as notas e palavras começadas por elas (as que estão a negrito e em itálico; ex: Dó - dormir) iam sendo substituidas pelas seguintes, ao gosto de cada um (daí surgirem os calões "picantes")

"(...) Remar
Mi (...) Miar (:P)
(...) Falar
Sol (...) Soletrar
(...) Ladrar
Si (...) Silêncio"


Bons tempos :')

Candeeiros Especias

Após longas temporadas sem pôr aqui os dedos, hoje parece que a imaginação está ao rubro! (Deve ser da noite de ontem passada até às tantas a ler o blog dessa minha querida "ídola" que é a "Ánitaaaa" - se ainda não viram, aconselho fortemente a visitar o blog "Livros da Anita",cujo link se encontra aqui na barra ao lado ('nita,desculpa a publicidade:S))

Pois é, quem tem um cão/cadela perceber-me-á. Quando se leva a bicharada a passear, podemos optar por uma de duas coisas:
  1. Ficar a olhar para o bicharoco a fazer as suas necessidades, o que para além de ser o que eu denomino um dos cúmulos da decadência e um dos melhores sinais de que não se tem o que fazer, deve ser bastante constrangedor para o dito cujo (confessem: como se sentiriam se, em pleno "momento All-Bran" alguém olhasse insistentemente para vocês?);
  2. Olhar em volta, cantarolar, entregar-se a pensamentos estranhos, etc.

Como sempre, optei pela segunda e deparei-me com um facto deveras intrigante: a minha rua tem um candeeiro especial! Já vi muitos cães com um olho de cada cor, pessoas também. Nunca tinha visto um candeeiro assim! O meu, tem um "olho" amarelo e outro branco. E eis se não quando, estando eu dada a pensamentos quanto ao curioso da coisa, reparo que afinal agora a luz já não é branca, mas mais para o laranja! E a seguir começa a piscar!!!
E depois voltou a ser branca quando me vim embora!

Enfim, o meu candeeiro é especial e pronto!
Gosto de pensar que sim:)

Eu atraio...

Mais uma crítica a transportes públicos... ou a quem os utiliza!

A situação foi a seguinte:
Um dia qualquer da semana passada. Linha amarela no sentido do Rato, 8h da manhã. Metro (como qualquer utilizador deste transporte a esta hora conhece) "cheiinho"...
Cidade Universitária: entra uma senhora, com um cabelo bastante volumoso e que até trazia amarrado... o que não impediu o facto de quase se enfiar dentro do meu nariz e só não entrar na boca porque até nem a abri, uma vez que a dita senhora achou por bem entrar meia de lado/costas no metro e encostar-se ali logo à direita, mesmo em cima da porta, o que até não seria assim tão mau se, nesse mesmo lugar não estivesse... EU! Mas vá, como sou uma pessoa compreensiva, disse cá para mim "deixa lá, sabes como é, o metro está cheio, viras a cara para o lado e aguentas um bocadinho, que daqui a uma ou duas estações o metro esvazia um bocadinho e a senhora desvia-se".
Tudo muito bonito, o que nos leva de volta às reticências do 2º parágrafo: metro "cheiinho"......... DURANTE 2 PARAGENS!!! Então, alguém me explique: porque é que, depois da carruagem esvaziar, duas paragens à frente, ficando aquele "quadrado" da zona das portas vazio, apenas com 2 pessoas na outra porta e uma em frente a mim/nós, a senhora não se chegou sequer para a frente?? Depois do metro esvaziar pensei "pronto, a senhora sai na próxima, por isso vai aqui, não há crise, depois já não tens cabelo no nariz", mas quando ela não saiu nessa e nem se mexeu, e para além disso tinha começado a falar ao telefone (duas coisas irritantes: falava para toda a carruagem e tinha o hábito de ir abanando e mexendo a cabeça de um lado para o outro - dão-se alvíssaras a quem adivinhar o efeito de tais gestos no meu nariz), achei que era demais e acabei eu por me desviar para o lado. A senhora? Nem notou que ia ali alguém!!

Nova situação:
Um ou dois dias depois. Autocarro da "carreira", para voltar para casa. Autocarro vazio, não era hora de grande movimento. Sentei-me num lugarzinho sozinha, quietinha no meu canto. Algumas pessoas iam entrando, mas não muitas, havia ainda lugares para qualquer preferência. Entra uma senhora, mira o lugar ao meu lado, senta-se. Tudo bem, apesar de moooooooooontes de lugares vagos. Até a senhora começar a falar com uma amiga/conhecida que ia sentada nos lugares especiais, mais à frente do meu lugar............ 3 filas de lugares VAZIOS à frente. E conversas de doenças e coisas assim (será preciso referir o "bom" português outra vez?). Ao que me comecei a questionar a mim própria porque alguém se senta 3 lugares atrás da pessoa com quem quer falar, se todos os outros estão vazios.

Devo ter um gosto muito bom para escolher lugares em transportes públicos, é isso!

"Matadoras" ou só loucas?

Pronto,pronto,quase um ano depois cá vem mais qualquer coisita. Justifico-me como posso com o facto de faltar o tempo, a inspiração e sobretudo as situações (como tenho dito, por alguma razão esta coisa se chama "Por aí").

Já faz umas semanitas, mas não posso deixar de homenagear a "musa" que me trouxe inspiração após tanto tempo sem ideias concretas (apenas uma em construção).

Ora pois, noite de festa no "Sabor a Brasil" (bar/disco junto ao Casino Lisboa),conjunta entre FMV e Autónoma. A casa até tinha umas poucas pessoas. Musiquita agradável, incluindo espectáculo de música brasileira ao vivo. A senhora até não cantava mal, pôs aquela gente a dançar.

Estava eu a dançar e cantar alegremente com as minhas amiguinhas(aproveito para constactar como é engraçado o efeito da música brasileira nas pessoas, deve ser provavelmente a única capaz de pôr um monte de gente a fazer umas coreografias deveras engraçadas e às vezes um bocadinho para o foleiritas, tudo ao mesmo tempo e todos muito alegres - eu incluida:)) quando vejo algo que me prendeu a atenção o resto da noite. Seria uma velhinha de bikini? Um homem lindo de morrer, qual estrela de cinema? Não! Era... "A Matadora"!!! Passo a explicar: menina da UAL, loira exuberante (que Deus me perdoe, porque sei que não sou propriamente uma modelo, mas a menina estava longe de ser bonita), de cabeleira longa ao estilo "selvagem", calças justinhas, top preto de alça "fugidia" (aquela que de vez em quando vem parar a meio do braço), sapato vermelho de bruto saltão alto, que durante a noite toda apresentou um ar de "eu sou boa, eu sou sexy, venham a mim": boca ligeiramente aberta, que num dia normal poderia levar qualquer observador comum a achar que a menina era simplesmente "fanhosa", e que deixava ver (que Deus me perdoe mais uma vez, porque mais uma vez - e quem me conhece sabe - aqui também não sou o melhor exemplo) uns inscisivos superiores ligeiramente grandes demais, e que dançava qual "rainha da noite", abanando o cabelo espampanante de um lado para o outro, qual anúncio cabelos Pantene, agarrando e apertando alguns bocados com uma mão de vez em quando, para os largar logo e sacudindo a cabeça depois, andando de uma lado para o outro descaindo a anca e abanando a traseira... Opá, não sei se consigo passar a imagem, na verdade só mesmo vendo, e tenho mesmo pena de não ter levado a minha máquina, porque a coisa exigia foto, ou melhor ainda, vídeo.

Não me levem a mal, longe de mim querer maldosamente criticar os defeitos dos outros. Como noutros posts, apenas quero criticar a situação, que apesar de tudo proporcionou divertimento o resto da noite:) The cherry-on-top-of-the-cake? Ihih... Quando a dita menina se aproximou, bamboleante, de um grupo de 3 meninos que estavam a dançar e lá foi dançar também, toda maluca, e eles dançaram 3 segundos naquela do "uhu!!" e depois viraram costas e se partiram a rir, enquanto a menina ficava a agarrar e sacudir o seu cabelo.

E pronto. Apesar de tudo acho um bocadinho deprimente estas "pseudo-matadoras". Lá está! Para mim, continuam a parecer mais "loucas":)